CMFor aprova uso de alerta sonoro no plenário em meio a embates entre base e oposição
O grupo de parlamentares deliberaram sobre melhorias para o uso de falas e funcionamento das atividades legislativas
O colégio de líderes da Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) se reuniu na sexta-feira, 24, juntamente com o presidente da Casa, o vereador Leo Couto (PSB), para discutir melhorias nas atividades legislativas no plenário.
Os parlamentares aprovaram a implementação de um alerta sonoro para sinalizar sobre o fim do tempo de falas, metodologia utilizada na Assembleia Legislativa do Ceará (Alece). O tema é para evitar falas em cima da de colegas e melhor organizar a dinâmica.
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O momento, no entanto, também foi para levantar questões sobre os fortes embates entre a base e a oposição na Câmara de Fortaleza. O debate sobre como conduzir melhor as discussões no parlamento, suscitou um incômodo por parte de alguns vereadores.
Estiveram presentes membros tanto da oposição, como Priscila Costa (PL) e Inspetor Alberto (PT), a base do prefeito Evandro Leitão (PT) como o líder Bruno Mesquita (PSD), Mari Lacerda (PT) e Professora Adriana Almeida (PT).
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Parlamentares esperavam resposta dura sobre comportamento da oposição
Vereadores da Casa estão incomodados com o comportamento de colegas, principalmente da oposição, que estariam usando de cortes e falas de outros vereadores para usarem em suas redes sociais, causando irritação entre eles e, no entender de alguns, ultraando os limites, imaginando que um dia a "corda possa estourar".
De acordo com fontes ouvidas pelo O POVO, na reunião do colégio de líderes com o presidente Leo, houve um entendimento geral de que os colegas vereadores devem se respeitar mais. Porém, há quem entenda que, no encontro, o vereador Couto não tenha sido enfático quanto às queixas, "perdendo uma grande chance de botar um ponto final nisso", segundo foi confidenciado. Nomes da base esperavam uma resposta mais dura.
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Esse entendimento parte da seguintes lógica: à medida em que as eleições de 2026 se aproximem, e vários vereadores desejam pleitear um cargo para deputado estadual ou federal, os embates duros só aumentem, podendo causar mais intrigas entre colegas com atitudes que fogem ao código de convivência.
Este sentimento atinge principalmente vereadores recém-chegados ao parlamento que são mais ligados a pautas de bairro e não ideológicas resumidas a direita e esquerda, que estão sendo usados por outros parlamentares nos vídeos e cortes de redes sociais.
Outro fonte explicou que essa visão poderia se dar pelo fato de que os novos vereadores não estão acostumados com o modus operandi da extrema-direita, embora não defenda o comportamento deste parlamentares.