"Tatuagens eletrônicas" podem detectar estresse mental e sobrecarga cerebral

"Tatuagens eletrônicas" podem detectar estresse mental e sobrecarga cerebral

Pesquisadores criam tatuagem eletrônica facial que detecta sinais de sobrecarga cerebral em tempo real e pode ajudar a prevenir acidentes

Pesquisadores da Universidade do Texas (EUA) desenvolveram uma espécie de tatuagem eletrônica que, aplicada no rosto, é capaz de monitorar a atividade cerebral em tempo real — e identificar quando o cérebro está sobrecarregado por estresse ou esforço mental excessivo.

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A ideia é simples, mas poderosa. Ela permite que pessoas — especialmente aquelas em ambientes de trabalho altamente exigentes — possam receber alertas ao atingirem níveis perigosos de fadiga cognitiva

Com potencial para revolucionar áreas como saúde ocupacional, segurança no trânsito e produtividade, o dispositivo já é considerado um marco promissor no campo da neurotecnologia. 

Tatuagem eletrônica: como funciona?

O projeto é liderado pela professora Nanshu Lu, especialista em engenharia elétrica e computacional, e utiliza sensores ultrafinos que aderem à pele da testa, na região próxima à sobrancelha. Todos são descartáveis e podem ser retirados pelo usuário após a aplicação.

Nessa posição, eles conseguem captar sinais elétricos emitidos pelo cérebro — como as chamadas ondas alfa — que variam conforme o nível de atenção, relaxamento ou estresse do usuário.

Segundo o Idaho County Free Press e a Newsweek, o sensor age como uma espécie de espelho da mente, refletindo em tempo real o esforço cognitivo necessário para realizar tarefas.

Quando os sinais indicam sobrecarga, o sistema pode emitir alertas, permitindo pausas estratégicas ou ajustes na rotina.

Tatuagem eletrônica: alternativa moderna

Diferentemente dos aparelhos tradicionais de EEG (eletroencefalograma), que costumam ser desconfortáveis e exigem a aplicação de gel ou o uso de capacetes rígidos, a tatuagem eletrônica é fina, leve e flexível.

Feita com grafeno — um material condutor e quase invisível —, ela se adapta à pele como uma segunda camada, sem interferir nas atividades do dia a dia.

Como relatado pela Live Science, essa abordagem oferece um monitoramento contínuo, discreto e sem incômodos, o que é essencial para quem precisa de liberdade de movimento no trabalho ou na prática de esportes, por exemplo.

Tatuagem eletrônica: aplicações no ambiente de trabalho e prevenção de acidentes

Com o avanço da tecnologia, o objetivo dos pesquisadores é integrar o sensor ao cotidiano de profissionais que lidam com alta carga cognitiva: motoristas, operadores de máquinas pesadas, pilotos, cirurgiões e até professores ou trabalhadores em home office.

O destaque vai para o potencial da tatuagem eletrônica em prevenir acidentes causados por exaustão, já que o sensor pode avisar o usuário — ou até mesmo seu empregador — quando for necessário fazer uma pausa ou mudar de atividade.

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Inteligência artificial interpreta os dados em tempo real

O funcionamento do sistema é otimizado por inteligência artificial. Conforme publicado pelo portal Study Finds, os dados coletados pela tatuagem são enviados a um algoritmo treinado para reconhecer padrões associados ao esforço mental.

Isso permite não apenas identificar o cansaço, mas também antecipar picos de estresse que ainda não foram percebidos pelo usuário.

Essa capacidade de resposta rápida pode fazer a diferença em situações de alto risco ou em contextos nos quais o desempenho cognitivo é fundamental, como em cirurgias, controle de tráfego ou testes acadêmico.

 

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